Tuesday, February 24, 2004

A boa vontade de Vital

Vital Moreira no Público de hoje explica que se pode ser contra a política isrelita sem ser anti-israel, anti-judeu ou mesmo anti-semita. Nos pressupostos tem razão, na realidade não. Como o próprio reconhece, o verdadeiro anti-semitismo, anti-judaísmo ou simplesmente anti-isrealismo (nada como uma palavra inesperada para amenizar um texto) existe quando se pretende que Israel não devia existir. Ou se, piorando, se diz que a "culpa é dos judeus", e por aí fora.
Ora, o próprio VItal cita Edgar Morin no Monde para explicar que o anti-israelismo não é de hoje, não é anti-sharonismo, porque, diz Morin e Vital concorda, é o resultado de uma caminhada desde 1967.
Afinal, os anti-sharonistas são anti-israelitas. Só ainda não são anti-judeus nem anti-semitas, mas por este andar deve faltar pouco.

Monday, February 23, 2004

Os brasileiros também são provincianos

Numa das últimas Veja um dos cronistas excita-se muito porque a putativa primeira dama - na eventualidade do herói de guerra que a esquerda adora vá-se lá saber porquê - e o senador se conheceram no Rio, e ela até tem nome português. Fascinante. Isto decididamente muda o mundo.

A eterna culpa dos judeus

vejo as notícias de raspão, quase por mera obrigação.
Em Israel um suicida fez explodir mais um auto-carro. A sic aproveita e mostra o muro. Os judeus têm de ter culpa. O guião é invariável. E inverosímel, mas isso não interessa.

A drª Ferreira Leite, ou nem por isso.

Recebi uma carta idiota a pedir-me que pagasse o IVA que já está pago e a primeira coisa que me apeteceu foi insultar a Drª Ferreira Leite, dizer que a ministra das Finaças me queria assaltar, e outras coisas assim. Mas depois percebi que a senhora nem deve desconfiar que existo, e que por isso culpá-la era desresponsabilizar o cretino que de facto enviou a carta.

A incessante busca de um culpado faz-nos perder demasiado tempo a culpar quem não tem responsabilidade e não nos deixa pedir contas a quem devemos.

O responsável é o gajo das finanças que mandou a carta. Simples.

Já passou

Fiz o caminho por uma estrada secundária, parei para comer um peixe grelhado junto ao mar, ouvi "música do meu tempo" na RFM e concordei com o arq. Saraiva.

Estou a crescer depressa demais.

Como eu ia dizendo

Já não me lembro da história. Sei que se passava na IIªGM. Um velho professor da faculdade regressa à saula de aulas, depois de ter passado os últimos anos num campo de concentração, e retoma o discurso onde o deixou. "Como eu ia dizendo".

Este Blog não tem discurso, não frequentei campos de concentração e o exílio foi quase voluntário, por isso falta-me idêntica justificação. Ainda assim, mais uma vez regresso. Até à próxima.