Ups, não faço coro
Não há profissões insusceptíveis de serem investigadas. Sobretudo se é possível que a explicação para o ocorrido passe, exactamente, por perceber como é que determinads pessoas conseguiram ver em determinados documentos o que mais ninguém tinha visto. Se isto é inaceitável para muitos, para mim não é forçoso que seja. A ideia de que é - sempre e em todo o caso - inaceitável que um jornalista seja investigado não defende a liberdade, ofende-a. Os jornalistas também podem cometer crimes. - não sei se é o que está em causa, mas oiço demasiadas declarações de princpío absolutas.
As discussões sobre Justiça - em especial Justiça Penal - Procurador e processos crime há muito que deixaram o domínio do razoável, sensato e inteligente. Há barricadas, lados, e só se pode estar de um ou do outro. Por este caminho a coisa só não implode porque é impossível implodir. Mas vai acabar mal. Este preto e branco é um perigo.
Por último, na Grâ-bretanha a regra sobre segredo de Justiça é outra e não consta que a liberdade de imprensa esteja em perigo lá.
Por favor não me respondam que o jornalismo e os jornalistas só respondem perante os leitores. Essa obsessão pelo mercado, em gente que em regra até desconfia do dito, nem me comove nem me parece argumento.
Às vezes ser necessário e justificado violar a Lei é substancialmente diferente de ser sempre necessário não haver Lei.
De resto, convinha perceber por que razão este PGR incomoda tanto mais do que o anterior, mas isso não é o que está aqui em dsicussão.