Wednesday, October 18, 2006

Uma questão de expectativas e hábitos

Mão amiga, como se dizia antigamente, enviou o seguite comentário:
"Espreitei agora o teu blog e fiquei surpresa com o post sobre o Souto Moura.

(embora não faça parte do coro de críticos) Parece-me é que "ser decente" e "não usar o cargo para outros fins" deveriam ser dados adquiridos para e por quem quer que seja que exerça cargos públicos. Assim, sendo não me parece que a decência ou o uso não abusivo do cargo devam constar do rol das referências elogiosas, sobretudo quando não se fazem outras referências ...

Bjs
C."

Compreendo o comentário mas mantenho o que disse. Tendo em conta a tradição e as tentações, acho que a sobriedade e a decência foram virtudes profundas no exercício da função. De resto, os erros de forma não me impressionam. O que lamento é que Souto Moura não tenha tido mão no MP, mas duvido que, no actual quadro, isso se pudesse fazer com decência e sem abuso de poder.

Monday, October 16, 2006

Súbito e injustificado elogio

Há uns anos uma jornalista sinceramente inteligente mas inevitavelmente tão anti-americana como muitos acham que deve ser um jornalista, dizia-me: "os americanos não têm estátuas de intelectuais, têm poucas". Pois é, têm-nos vivos. São mesmo quem tem mais.

Sunday, October 08, 2006

Um homem decente

Souto Moura é um homem decente que não tem a tentação de abuso do poder. Tem defeitos, tem fragilidades, tem inabilidades, teve falta de percepção, mas foi um Procurador Geral da República decente, que não usou o cargo para outros fins ou com outros propósitos que os supostos no exercício da função. Percebo os ódios que alguns lhe têm, não percebo o coro. Veremos o que aí vem.